Adios, Venezuela!

A lista aumenta e promete mais. A Avianca confirmou nesta semana que suspendeu as operações de voos para a Venezuela, convertendo-se na décima empresa internacional que deixa o destino. Inicialmente, o prazo de paralização seria a partir de 16 de agosto, mas a decisão de antecipar ocorre pelas limitações operacionais e de segurança.
A relação nominal tem: Air Canada, Alitalia, a brasileira GOL, Tiara Air (de Aruba), Lufthansa, United Airlines, Latam, Aeroméxico, Delta Airlines e Avianca. A Delta ainda mantém a possibilidade de voar entre Atlanta e Caracas ate a primeira quinzena de setembro, mas já com determinação em suspender o voo também em razão de pouca demanda.
Todas as suspensões estão associadas à crise política que vive a Venezuela, mais ainda pelas condições econômicas. A venda de passagens aéreas a partir de Caracas, Cúcuta, Sucre, Maracaibo, Lara, Tachara e San Antonio de Los Altos, além das demais cidades para o exterior, registrou uma queda acentuada.
Até mesmo empresas menores estão deixando o outrora fértil mercado venezuelano. A colombiana EasyFly anunciou que deixará de operar a rota Ibagué-Bogotá com o argumento de baixa demanda.
A crise social que atinge a Venezuela vem preocupando sensivelmente as empresas estrangeiras com atuação no pais. O aeroporto de Maqueitia – Simon Bolivar, onde havia um movimento internacional de destaque até alguns anos atrás, passou a viver uma queda ascendente. O governo de Nicolas Maduro já vinha rolando uma enorme divida com o setor aéreo, acumuladas pela recessão e inflação na casa dos três dígitos
As empresas internacionais que vem suspendendo e reduzindo suas frequências são afetadas também pelo controle cambial vigente desde 2003 que obriga a venda de boletos em bolívares. Segundo a ALAV – Associação de Linhas Aéreas da Venezuela – as dividas pendentes do governo com 24 companhias estrangeiras já soma mais de US$ 3,7 milhões de dólares.