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Entidades do setor de comunicação repudiam decisão do TSE

O TSE determinou a retirada do ar, de todas as plataformas da Jovem Pan, dos conteúdos de campanha eleitoral com a temática “Lula mais votado em presídios” e “Lula defende o crime”

Por 4 votos a 3, os ministros decidiram que os jornalistas da emissora não podem falar sobre o assunto, sob pena de multa diária para o canal e para os jornalistas de R$ 25 mil.

Voltando na fita… 📼

Na segunda-feira, a Jovem Pan enviou um comunicado aos comentaristas da emissora determinando que expressões que possam ser consideradas ofensivas ao ex-presidente Lula não serão mais permitidas em programas da casa.

A equipe reagiu: O comentarista Paulo Figueiredo em seu canal no Youtube; A comentarista Zoe Martínez em seu Twitter e a ex-jogadora de vôlei Ana Paula Henkel fez uma alusão à ditadura no programa Pingo nos i’s, da própria emissora.

Quem mais se manifestou? 

  1. Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) considerou “preocupantescalada de decisões judiciais que interferem na programação das emissoras”;
  2. Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel) disse que, em pleno centenário do Rádio no Brasil, “não poderia deixar de vir a público manifestar sua preocupação com os atos que atingem o trabalho da livre imprensa”;
  3. Associação Nacional de Jornais (ANJ) se colocou contrária à censura à imprensa, que é vedada pela Constituição”;

Alguns políticos e outros canais de mídia — como a CNN Brasil — reiteraram sua defesa da democracia, repudiando qualquer tipo de censura à liberdade de imprensa e de expressão. A Jovem Pan, por sua vez, publicou uma nota editorial.

E por falar em TSE… 

Ontem, o Tribunal também censurou o vídeo de uma fala do ex-ministro do STF, Marco Aurélio, que foi usado em um programa do Bolsonaro veiculado na TV. No trecho cortado, ele afirma que o ex-presidente Lula não foi inocentado.

No lugar da fala, aparece um QR Code levando ao WhatsApp do TSE e a frase “exibido para substituir programa suspenso por infração eleitoral”.

O Tribunal justifica a decisão afirmando que a propaganda eleitoral é ilícita, pois atribui ao candidato a conduta de “corrupto” e “ladrão”, em violação à presunção de inocência.

Relembrando as decisões… No domingo, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, censurou o conteúdo que associa Bolsonaro a pedofilia por fala sobre venezuelanas de 14 e 15 anos. A campanha de Lula foi proibida de usar o vídeo.

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