Cotidiano

Estuprador confesso é preso preventivamente

Mulher correu nua até a delegacia para denunciar o agressor que foi preso em flagrante

O homem acusado de estuprar a vizinha na Vila Piratininga, em Campo Grande, teve a prisão preventiva decretada pelo juiz de plantão, Waldir Peixoto Barbosa, nesta terça-feira, 3 de julho. O suspeito que estava detido preventivamente já respondeu na Justiça por posse de drogas, furto e homicídio.

Na madrugada de domingo, 1 de julho, o homem teria invadido a casa da vizinha e constrangido-a a manter conjunção carnal com ele, mediante ameaças exercidas com uma faca. Por cerca de uma hora, ele teria abusado sexualmente da vítima, além de agredi-la com o cabo da faca, com socos na boca, nas costas, e com puxões de cabelo.

Somente quando ele foi ao banheiro, a mulher de 40 anos conseguiu fugir e, mesmo nua, correu até a delegacia mais próxima, distante cerca de 2 quadras de sua residência. Realizadas as diligências, a polícia conseguiu localizar o agressor na residência de seus pais e prendeu-o em flagrante.

Segundo apuração inicial, a vítima mora no local há pouco tempo e há alguns dias seu ex-marido arrombou a porta de seu imóvel e levou o fogão e a geladeira. Ela então precisou adquiri-los novamente e, no dia anterior ao crime, solicitou a ajuda do vizinho para carregá-los para o interior da casa, momento em que ela acredita que o acusado tomou conhecimento de que a porta da frente não estava trancando.

Por volta das quatro horas da manhã seguinte, ela acordou com o vizinho já deitado em cima dela e com uma faca em seu pescoço. No depoimento prestado na delegacia, o suspeito confirmou o estupro e as agressões.

Segundo o homem, ele ingerira bastante bebida alcoólica e, em um minuto de bobeira, pensou em estuprar a vizinha. Ainda de acordo com seu relato, mesmo após a fuga da vítima, ele voltou para sua casa e dormiu tranquilamente, pois estava muito alcoolizado.

Na audiência de custódia, o Ministério Público manifestou-se pela conversão do flagrante em prisão preventiva, enquanto a defesa pugnou pela liberdade provisória mediante a aplicação de medidas cautelares diversas.

Em sua decisão, o juiz indeferiu o pedido da Defensoria Pública e converteu o flagrante em prisão preventiva. Nos dizeres do juiz “é manifesto que a manutenção do agente em liberdade oferta grave risco à ordem pública, daí por que a medida cautelar extrema deve ser adotada, fazendo-se cessar o prejuízo público”.

Tendo em vista as alegações do autuado de que teria sofrido agressões físicas por parte dos policiais, o juiz determinou, igualmente, a realização de exame de corpo de delito nele.

O processo seguirá em segredo de justiça.

Fonte: DiárioDigital

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