Greve geral paralisa a França

Ontem, a França enfrentou um dia de greve geral, com trabalhadores do setor público e privado exigindo um aumento salarial que alivie o impacto da alta da inflação. O movimento também critica a resposta do governo à greve dos petroleiros.

- Na foto acima, a camiseta da manifestante demonstra insatisfação com o presidente do país — “Macron, você está nos irritando”.
O que está acontecendo?
Depois da alta dos preços decorrente da guerra na Ucrânia, o governo de Macron implementou medidas para limitar os preços de eletricidade e gás, o que deixou a França com a menor taxa de inflação da zona do euro, em 6,2%.
No entanto, a situação ainda é tensa: 82% dos franceses avaliam que o presidente não faz o suficiente para combater a alta generalizada dos preços.
Fator decisivo ⛽️
A gota d’água para o movimento foi o fato do governo requisitar o retorno de petroleiros grevistas ao trabalho, para aliviar a escassez de combustível, que chegou a afetar quase um terço dos postos de gasolina na França.
Além do aumento salarial, os trabalhadores em greve pedem uma melhor distribuição dos lucros obtidos pelas gigantes de energia — reivindicação que mais da metade dos franceses apoia.
Segundo alguns veículos de imprensa do país, o governo “subestimou o movimento social nas refinarias francesas e, agora, tem de lidar com a extensão da insatisfação a outras categorias de trabalhadores”.