Cotidiano

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ser interrogado nesta quarta-feira pelo juiz Sergio Moro, em ação na qual é acusado de ter recebido vantagens ilícitas da empreiteira OAS, no âmbito da Operação Lava-Jato. O interrogatório, previsto para começar às 14h na sede da Justiça Federal de Curitiba, mobilizou atos contrários e em defesa de Lula, e um esquema especial de segurança foi montado pelo governo do Paraná para evitar confrontos entre os manifestantes.

O que está em julgamento

O interrogatório de Lula diz respeito à Ação Penal 5046512-94.2016.4.04.7000, na qual o ex-presidente é acusado de ter recebido vantagens ilícitas da empreiteira OAS por meio de um triplex no Guarujá, no litoral de São Paulo, e também pelo armazenamento de bens depois que ele deixou a Presidência, entre 2011 e 2016. O depoimento é apenas uma das várias etapas do processo, que ainda deve ser julgado por Sergio Moro.

Na ação, o Ministério Público Federal atribui a Lula uma série de crimes:

— Chamado pelo Ministério Público Federal de “comandante máximo” da corrupção na Petrobras, Lula é processado por corrupção e lavagem de dinheiro.

— Ele é acusado de permitir desvios de R$ 87 milhões em contratos da OAS com a Petrobras para obras nas refinarias Presidente Vargas, no Paraná, e Abreu e Lima, em Pernambuco.

— De acordo com a denúncia, em troca dos favorecimentos, Lula teria recebido da OAS R$ 3,7 milhões em propina.

— Segundo o Ministério Público Federal, Lula recebeu vantagens indevidas (R$ 2,4 milhões), dissimuladas na forma da aquisição, reforma e decoração de um tríplex no Condomínio Solaris, no Guarujá, litoral de São Paulo.

— Outro pagamento de propina teria ocorrido no custeio do armazenamento de seus bens pessoais, transportados em 11 contêineres quando deixou o Palácio da Alvorada. A mudança e o depósito dessa carga teriam sido pagos pela OAS, ao custo de R$ 1,3 milhão.

— O ex-presidente foi denunciado junto com a mulher, a ex-primeira-dama Marisa Letícia (cuja punibilidade foi extinta após a morte), o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto e cinco executivos da OAS, entre eles o ex-presidente da empresa, Leo Pinheiro.

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